Patologia em Hipertexto
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Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, 2000. 
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NEOPLASIAS

 

Morfologia

Morfologia Geral (Macro, micro e ultraestrutura); Alterações bioquímicas; Etiologia & Epidemiologia. Conseqüências gerais (síndromes paraneoplásicas, metástases, recidiva e caquexia neoplásica).

 

 

"La cellule cancéreuse doit être considérée comme le produit incestueux d `un parasite et de son hôte".
JEAN BORREL
 

 MORFOLOGIA GERAL DAS NEOPLASIAS
 



 
A relação parênquima/estroma é variável, dependendo do tipo da neoplasia. Assim, as neoplasias sólidas (altamente celularizadas) diferem significativamente das neoplasias cirrosas (cujo estroma denso é predominante).

A relação núcleo/citoplasma é próxima da normalidade nas neoplasias benignas e muito aumentada nas malignas, indicando nestas perda de inibição por contato.

As alterações nucleares incluem aumento de volume, pleomorfismo, hipercromasia (devido às alterações na quantidade de DNA/RNA nucleares), aumento do número e volume de nucléolos, assim como alterações na forma desses (proeminências e projeções bem marcadas, com indentações de tamanho, forma e número variáveis), cromatina nuclear com configurações grosseiras (bordos bem definidos, ângulos bem marcados, halos paracromatínicos), e membrana nuclear com espessura variável e com projeções finas, irregulares e angulosas.




 
  

 

Fatores que merecem atenção:

 Em 1844 um estudo realizado na Igreja em Verona, Itália, mostrava que as Irmãs de Caridade tinham um risco de ter câncer de mama 9 vezes maior do que o de ter câncer de útero, enquanto que as mulheres casadas são mais propensas a ter câncer de útero (com 2 vezes maior risco) que câncer de mama.  

Um dos mais precoces estudos epidemiológicos que foram publicados (Chicago, 1907) verificou que os germânicos (conhecidos por comerem muita carne) residentes em Chicago sofriam mais de câncer que os comedores de massas italianos e os chineses comedores de arroz, todos residentes na mesma cidade.

Outro estudo interessante, mostrando a importância dos fatores ambientais sobre a etnia, realizados nos EUA, mostrou que os filhos de africanos e asiáticos que migraram para os EUA mostram incidência de câncer mais semelhantes aos americanos que aos seus ancestrais na Ásia e África. Nesse mesmo estudo concluiu-se que 70 a 90% dos casos de Câncer nos EUA são causados por fatores ambientais.

 

Importância Estimada de Fatores Causadores de Câncer nos EUA
 
Fator
Porcentagem do total de mortes por Câncer
Tabaco
30
Álcool
3
Dieta
35
Aditivos Alimentares
<1
Comportamento Sexual e reprodutivo
7
Ocupação
4
Poluição
2
Produtos industrializados
<1
Procedimentos médicos e drogas
1
Fatores geográficos
3
Infecções
10?
Desconhecido
?
 
 
 
Variação na Incidência de Canceres mais comuns
 
Tipo de Câncer
Maior incidência em
Risco 
(ate 75 anos)
Amplitude de variaçãoa
Menor incidência em:
Pele Queensland >20 >200 Bombaim
Esôfago Nordeste do Irã 20 300 Nigéria
Pulmão Inglaterra 11 35 Nigéria
Estômago Japão 11 25 Uganda
Fígado Moçambique 8 70 Noruega
Próstata Estados Unidos ("Black americans") 7 30 Japão
Cólon Connecticut 3 10 Nigéria
Boca Índia >2 >25 Dinamarca
Reto Dinamarca 2 20 Nigéria
Bexiga Connecticut 2 4 Japão
Nasofaringe Singapura (Chineses) 2 2 Inglaterra
Cérvix Colômbia 10 15 Israel
Mama Connecticut 7 15 Uganda
Útero Califórnia 3 30 Japão
Ovário Dinamarca 2 6 Japão
    
  
   
Agente
Órgão alvo para tumores
Aflatoxina (mofo do amendoim)
Fígado (Bantús)
Álcool
Faringe, laringe, esôfago, fígado e glândula mamaria(?)
Dieta rica em sais, baixa em Ca e em Vit. C
Estômago (Japoneses)
Dieta rica em lípides, baixa em Ca e em fibra
Cólon (Americanos)
Asbestos
Pleura (Americanos)
Raios X
Medula óssea (linfomas)
Luz solar (Ultra-Violeta)
Pele (Brancos)
Corantes de Anilina
Bexiga
Mascar Tabaco
Boca
Fumar Tabaco
Boca, pulmões, bexiga, esôfago, pâncreas
Vírus da Hepatite B (HBV)
Fígado
Vírus da Leucemia de células T humana
Timo e baço (linfoma)
Vírus de Epstein-Barr
Medula óssea (linfoma) e nasofaringe
Vírus das Papilomatoses humanas
Cérvix uterina
 

  



 

· As fases da metastatização são:



 
  

 
 

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Para referenciar o material desta publicação: Anilton Cesar Vasconcelos. Patologia Geral em Hipertexto. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, 2000. Se você tiver alguma sugestão ou comentários, por favor envie-os para: Laboratório de Apoptose/ Departamento de Patologia Geral/ Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG 31270 010


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