. . . Universidade Federal de Minas Gerais.
Belo Horizonte, Minas Gerais, 2000. .e-mail:anilton@icb.ufmg.br |
Na Índia antiga, por volta de 2.350 a.C. apareceram os "Salihotrias" - precursores dos veterinários. Posteriormente, em 250 a.C. no reinado do imperador Asoka, apareceram os primeiros hospitais veterinários (450 anos antes dos de Roma). |
Na antiga Babilônia, em 2.200 a.C. foi escrito a primeira regulamentação da prática, remuneração e responsabilidade do veterinário. No chamado "Código de Hamurabi", no artigo 224 se dizia que a cura de um animal enfermo deveria valer 1/6 de siclo de prata como remuneração. Já no artigo 225, se dizia que se o animal tratado viesse a óbito, o responsável deveria indenizar o proprietário com 1/4 do valor do animal. |
No Egito dos Faraós, a mais de 5.000 anos, desenvolveu-se a técnica de embalsamento, permitindo os primeiros estudos anatômicos das doenças. Assim, em 1900 a.C. no chamado "Papiro de Kahum" já havia referências a` pequenas cirurgias e outras terapêuticas... |
Na Grécia, entre 460 a 355 a.C. Hipócrates de Cós, considerado ainda hoje como o "Pai da Medicina", criou a célebre "Teoria Humoral da Enfermidade", com base na aparência externa do indivíduo e correlacionando causas e efeitos, ainda que empiricamente. Posteriormente Galeno contribuiu e difundiu tal doutrina, que persistiu até o início do Renascimento. |
Na Roma antiga ocorreu o batismo
da profissão de veterinário, advindo de "veterina"
= animal de carga e "veterinarius" = os encarregados dos veterinas. Além
disto apareceram também os primeiros hospitais veterinários
do ocidente.
Com as guerras e a expansão do império romano, os feridos se multiplicavam criando condições para o desenvolvimento de terapeuticas. |
Nessa mesma Roma antiga , entre 42 a.C. e 37 d.C. viveu Cornelius Celsus, que descreveu os 4 sinais cardeais da inflamação ["Signa inflammationis quatror sunt: Rubor et Tumor, cum Calor et Dolor"], redescobertos em 1443 pelo Papa Nicolas V. |
Na idade média, a Inquisição
tratou
de atrasar o desenvolvimento científico. Houve total desinteresse
na arte, literatura e medicina. Apenas a química evoluiu, com os
"alquimistas" procurando a "pedra filosofal". Nessa época era comum
ver epilépticos serem "tratados a` porretadas", para espantar os
maus espíritos... Poucos conseguiram estudar a vida e sair ilesos
dos tribunais da inquisição"... Muitos foram queimados em
praça pública, acusados de bruxaria ou de violar a alma de
cadáveres...
|
Em Verona, em 1546, o monge e médico Girolamo Fracastorio (1483-1553) descreveu a aftosa bovina e lançou a teoria da contagiosidade (em "De contagione"). |
Entre 1514 e 1564, Andreas Vesalius revolucionou a anatomia, procurando associar função com estrutura anatômica. Publicou "Tabulae anatomica sex" em 1538 e "De humani corporis fabrica" em 1543. Aos 30 anos foi forçado a abandonar a cátedra de anatomia em Pádua e, mais tarde, foi condenado pela inquisição à uma peregrinação a Jerusalem, morrendo no caminho. |
O Renascimento marcou a perda das superstições e dos medos! Acabou a Inquisição e fazer necropsia largou de ser violação da alma do cadáver! Com isto a patologia evoluiu bastante. Houve intenso desenvolvimento científico e o aparecimento de inúmeros livros e periódicos... |
Em 1628, William Harvey (1578-1657), descrevia o sistema circulatório ("Exercitatio anatomica de motu cordis et sanguinea in animalibus"). |
François Marie Xavier Bichat (1771-1802) estudou a constituição tecidual dos órgãos através de métodos físico- químicos, concluindo existir cerca de 21 tecidos diferentes no ser humano. É, por isto, considerada o "Pai da Histologia" e também a responsável pela clássica divisão entre patologia geral e patologia especial. |
Carl Rokitansky (1804-1878) estabeleceu as bases estruturais das doenças e a técnica de necropsia com estudo sistemático de cada órgão. Foi um excelente patologista descritivo. Em 1866 já tinha feito mais de 30 mil necropsias. Ancião, desesperou-se pela queda de suas teorias (dramáticas e cheias de imaginação) pelo novos conceitos de seus sucessores e ex-pupilos. |
Rudolph Virchow (1821-1902), considerado como o "Pai da Histopatologia", pelo batismo da maioria dos termos ainda hoje utilizados na prática médica. Em 1858 escreveu "Die Cellularpathologie" (Patologia Celular) e criou um periódico [em 1847] - "Arquivos de Virchow", que permanece até hoje como um grande periódico em patologia. Aplicou a teoria celular em patologia, estabelecendo pela 1a vez a seqüência: |
lesão microscópica [célula lesada]
Þ lesão microscópica
[tecido lesado] Þ lesão |
Julius Conheim (1839-1884) explicou as bases histológicas da inflamação, analisando, sob o ponto de vista microscópico os 4 sinais cardeais de Celsus. |
De volta ao Laboratório de Apoptose De volta à Patologia Geral
|
Fone: (0xx31) 499 28 87/ 499 28 81 / 9114 7841 FAX:
(0xx31) 499 28 78, http://www.icb.ufmg.br/~pat/apopt.htm email |