História
BREVE RELATO HISTÓRICO DO DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA (1998 a 2016) A primeira história “escrita” do Departamento de Farmacologia (DFAR) se encontra no compêndio intitulado “ICB 30 anos – Mémórias do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG”, organizado pelo então diretor do Instituto, professor Ramón Moreira Cosenza em 1998. No capítulo devotado ao departamento, a história do DFAR foi contada pelo saudoso professor Lineu Freire Maia. Final da década de 90 e início de 2000, faltavam recursos para a pesquisa científica, e o departamento já alcançara um dos seus mais importantes objetivos da década anterior, que era o investimento que se traduziu na capacitação efetiva dos seus docentes, já que a maioria de seu contingente de professores portava o título de doutor (17 em um total de 18, no ano 2000). Assim, todos se encontravam em condições de desenvolver pesquisa de qualidade, que podia se distribuir em várias áreas do conhecimento, a saber: farmacologia cardiovascular, farmacologia da inflamação, dor e analgesia, farmacologia de substâncias anti-tumorais, farmacologia de produtos naturais, neurofarmacologia e toxinologia, inclusive com disponibilidade de ferramentas avançadas da época, como o uso da biologia molecular. Em âmbito governamental, também nessa época (década de 90), acreditava-se que a ampliação e fomento a novos cursos de pós-graduação levaria a uma melhoria nas condições de ensino no país, do fundamental à pós-graduação. Assim, as atividades exercidas junto ao Ministério da Educação (MEC) pela Capes foram reforçadas, e além de se iniciarem as avaliações dos cursos de Pós-Graduação existentes, abriu-se a possibilidade de se iniciarem novos cursos, o quê em conjunto, fundamentou a participação do DFAR como área de concentração do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Fisiologia então existente, com atuação tanto no mestrado como no doutorado. Esse Curso obteve o seu nível máximo já na primeira avaliação pela Capes (6, atualmente 7), como também estimulou a criação do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia Bioquímica e Molecular, de origem no próprio departamento de Farmacologia, que iniciou suas atividades com o mais alto nível da Capes, à época. Após perder boa parte de seu corpo docente por aposentadorias e transferências, o departamento de Farmacologia, que havia criado novas linhas de pesquisa, aumentado o número de estudantes de pós-graduação e também novas disciplinas, juntamente com o aumento das exigências de atividades extensionista e administrativa exauriu o corpo docente remanescente, no sentido do cumprimento adequado de todas as suas obrigações acadêmicas, ao final da década de 2000. Hoje, em 2016, o quadro docente se encontra quase todo renovado, pois restam apenas cinco professores da “velha guarda”, num total de dezoito, tendo sido substituídas algumas linhas de pesquisa (toxinologia) e incrementadas (farmacologia vascular) ou acrescentadas novas, como a neuropsicofarmacologia e as vias de sinalização intracelular. Parte desses novos professores já participa também do Programa de Pós-Graduação em Neurociências stricto e lato sensu, uma importante vertente do conhecimento científico na área das Ciências Biológicas da atualidade, e do novo Curso de Especialização na área da Farmacologia. Baseado no relato dos Professores: Janetti N. de Francischi e Dalton Luiz Ferreira Alves (in memorian) |